Uma viagem pela Estrada Nacional 15 que liga o Douro, desde o distrito do Porto, até Bragança percorrendo terras dos vales do Sousa, do Douro e do Tâmega, no coração do Norte de Portugal, até à histórica província de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde se ergue um importante património arquitetónico de origem românico. Traços comuns que guardam lendas e histórias nascidas com a fundação da Nacionalidade e que testemunham o papel relevante que este território outrora desempenhou na história e das ordens religiosas em Portugal. Embarque ainda numa road trip pela Estrada Nacional 222, considerada uma das estradas mais bonitas do mundo e que oferece uma visão ímpar do Douro, com a sua envolvência paisagística carregada de histórias. Um roteiro único a nível mundial, repleto de momentos inesquecíveis através de vinhas e oliveiras nas margens até perder de vista.
1º Dia – Lisboa – Paço de Sousa – Penafiel
Partida de Lisboa às 07h30 em direção a Paço de Sousa para visita ao Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa, um monumento assaz importante para a compreensão da arquitetura românica do Tâmega e Sousa. A sua história está ligada a Egas Moniz e à sua família, os Riba Douro, que legaram metade da sua fortuna ao mosteiro, com o intuito de ali ser sepultada. No seu interior, destaca-se a arca tumular de Egas Moniz, onde estão esculpidas diversas fases da vida do famoso tutor de D. Afonso Henriques, como o episódio de vassalagem em Toledo, a sua morte e exéquias fúnebres. Almoço entre as visitas. Continuação para a cidade de Penafiel. Visita panorâmica com destaque para o centro histórico e para o Santuário do Sameiro, ex-libris da cidade. Visita ao renovado Museu Municipal de Penafiel, condecorado com o prémio “Melhor Museu do Ano” em 2010. O museu conta com cinco salas temáticas da Exposição Permanente dedicadas à Identidade, ao Território, à Arqueologia, aos Ofícios e à Terra e Água. Jantar. Alojamento no Penafiel Park Hotel & Spa 4* ou similar.
2º Dia – Penafiel – Felgueiras – Lousada – Amarante – Vila Real
Saída para Felgueiras para visita ao Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Esta igreja, composta por três naves, foi fundada em 1102 e atualmente faz parte da Rota do Românico. Continuação das visitas com destaque para o Centro de Interpretação do Românico, situado na vila de Lousada. A visita a este espaço, cuja construção em betão se assemelha às torres medievais de uma fortaleza, é fundamental para quem pretende saber mais acerca da Rota do Românico pois dispõe de seis salas temáticas repletas de conteúdos e informações simples mas de grande relevância. Saída em direção a Amarante, pela N15, com passagem por Casais Novos e Lixa. Chegada a Amarante e visita, a pé, ao centro histórico da cidade. Destaque para a Ponte de São Gonçalo, situada sobre o rio Tâmega, o cartão de entrada na cidade que, segundo a lenda, terá sido substituída por S. Gonçalo após a queda da original. Continuação das visitas com passagem pela Igreja e Convento de São Gonçalo, cuja construção se iniciou em 1540, por ordem de D. João III e, onde se julga estar sepultado São Gonçalo, padroeiro da cidade. Visita ao interior do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso situado em parte do Convento de São Gonçalo. A sua fundação remonta ao ano de 1947, pela mão de Albano Sardoeiro, com o objetivo de reunir obras de artistas naturais de Amarante. Almoço entre as visitas. Continuação pela estrada nacional, percorrendo as famosas curvas do Marão, em direção a Vila Real, capital da província de Trás-os-Montes. Jantar. Alojamento no Hotel Miracorgo 4* ou similar.
3º Dia – Vila Real – São Martinho de Anta – Favaios – Quinta da Avessada – Mirandela – Azibo – Bragança
Saída em direção a São Martinho de Anta, terra natal do escritor e médico português Miguel Torga, que batizou Trás-os Montes como o Reino Maravilhoso. Visita ao Espaço Miguel Torga, projeto do arquiteto Eduardo Souto Moura que tem como objetivo principal a divulgação da obra poética e literária do escritor transmontano. Continuação até à Quinta da Avessada, situada em pleno coração da Região Demarcada do Douro, no planalto vinhateiro de Favaios. Visita aos espaços exteriores, com paisagem para o Vale do Douro, seguido de visita guiada ao Núcleo Museológico da Enoteca, onde é possível observar e conhecer o processo tradicional de vinificação, a sala de envelhecimento e, no final, degustar uma criteriosa seleção de vinhos. Em seguida, será servido o almoço na Quinta. Prosseguimento da viagem até Bragança, com passagem por Mirandela e pela Barragem do Azibo. Jantar. Alojamento no Hotel São Lázaro 3* ou similar.
4º Dia – Bragança – Rio de Onor – Bragança
Manhã dedicada a Bragança, cidade que conserva um património ímpar no centro histórico. Passeio, a pé, pela cidade e visita ao Castelo, um dos mais bem preservados castelos portugueses, edificado em 1409 por ordem de D. João I. No seu interior estão instalados o Museu Militar, fundado em 1929, cujo o espólio conta com a coleção particular do seu fundador, António José Teixeira e com peças doadas por vários militares que participaram nas Campanhas de África e I Guerra Mundial; e o Museu Ibérico da Máscara e do Traje, espaço inaugurado em 2007, cujo objetivo se prende com a divulgação e dinamização das tradições relacionadas com as Máscaras do Nordeste Transmontano e da região de Zamora. No seu interior estão expostas máscaras, trajes e adereços utilizados nas “Festas de Inverno” em Trás-os-Montes e Alto Douro e nas “Las Mascaradas de Invierno” da região de Zamora. Continuação das visitas com passagem pela Antiga Sé Catedral de Bragança (Igreja São João Batista), Domus Municipalis (visita ao interior dependente da reabertura do monumento) e Museu do Abade de Baçal, localizado no Antigo Paço Episcopal de Bragança. Visita ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, projeto arquitetónico da autoria de Eduardo Souto Moura, inaugurado em 2008, tendo como principal objetivo a divulgação de coleções de arte contemporânea de artistas nacionais e internacionais e, através de uma exposição permanente que conta com sete salas, enaltecer o trabalho da pintora transmontana Graça Morais. Continuação para Gimonde para almoço, a tradicional posta mirandesa. Passagem pela Ponte Velha de Gimonde, principal atração da aldeia. Prosseguimento para Rio de Onor, uma das 7 aldeias maravilha de Portugal. Passeio panorâmico pela aldeia, com destaque para a Igreja Matriz de Rio de Onor, também conhecida como Igreja de São João Batista e Ponte de Rio de Onor, o elemento mais emblemático da aldeia. Regresso a Bragança. Jantar em restaurante local. Alojamento.
5º Dia – Bragança – Vila Nova de Foz Côa – Pocinho (comboio) – Régua
Saída para Vila Nova de Foz Côa para visita ao Museu do Côa. Inaugurado em julho de 2010 e situado numa das encostas de junção do Douro com o Côa, o museu permite recuar milhares de anos, contextualizando a arte rupestre do Côa através de fotografias, desenhos e recursos tecnológicos, e conhecer o vasto espólio artístico do vale através das gravuras originais. Almoço no restaurante do museu. Continuação para Castelo Melhor para início de visita ao Sítio de Arte Rupestre de Penascosa, no Vale do Côa, classificado como Património da Humanidade desde 1998 e considerado o maior Museu ao ar livre do Mundo. Visita em viaturas todo-o-terreno com acompanhamento de técnicos especializados por uma estrada de terra por entre os campos plantados com amendoeiras e oliveiras, ao longo de cerca de 6 kms (a visita implica uma caminhada de, aproximadamente, 300 metros em terreno plano). Saída para a aldeia do Pocinho, local onde termina atualmente a Linha Ferroviária do Douro para embarque em comboio com destino à Estação Ferroviária da Régua. Continuação, a pé, até ao Peso da Régua para visita ao Museu do Douro. Criado em 1997, o museu é local de acolhimento e representação da memória, cultura e identidade da região vinhateira – consagrada como Património da Humanidade pela UNESCO, como paisagem cultural, evolutiva e viva. Jantar. Alojamento no Hotel Régua Douro 4* ou similar.
6º Dia – Régua – Resende – Cárquere – Caldas de Aregos
Saída em direção a Resende e visita ao Museu Municipal de Resende, edifício instalado na antiga cadeia onde se encontram expostos vários objetos com a temática de arqueologia, etnografia, o rio Douro e, ainda, uma sala dedicada a Edgar Cardoso. Continuação para Cárquere com passagem pelo Mosteiro de Cárquere, considerado o local onde o pequeno Infante D. Afonso Henriques se curara, a pedido do seu aio Egas Moniz, pela intercessão da Virgem Maria. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento no Douro Marina Hotel & Spa 4* ou similar.
7º Dia – Caldas de Aregos – Porto Antigo – Cinfães – Resende – Entre os Rios – Lisboa
Partida para Porto Antigo, com passagem pela Ponte de Mosteirô, que liga os concelhos de Baião e Cinfães, onde existiu anteriormente um tabuleiro metálico. Com a subida do nível da água do rio, foi necessária a sua substituição, com projeto do engenheiro português Edgar Cardoso. Continuação para Cinfães, terra de elevados valores históricos e culturais, com passagem pelo seu centro histórico. Prosseguimento para Entre-os-Rios para visita panorâmica com destaque para a Ponte Hintze Ribeiro, local de confluência dos rios Douro e Tâmega, uma réplica da ligação original inaugurada em 2002 após o trágico acidente de março de 2001. Almoço entre as visitas. Em horário a combinar, início da viagem de regresso a Lisboa. Fim da viagem.